(Vista do nosso quarto, no Banff Springs Hotel,nas Montanhas Rochosas do Canadá)
Passam dias, passam horas, passa o tempo,
E o corpo não acompanha,
o que a mente quer fazer...
As dores, o peso,
a câimbra, o músculo,
já tão mal acostumado,
cotidiano desregrado,
e somente habituado,
ao prazer, e ao lazer...
O espírito, voa livre,
faz das suas,
Piruetas, cambalhotas,
volta e meia,
se atira, e, sózinho,
para longe, quer voar!
Mas as juntas e os pulmões,
já alertam, desde cedo,
- Calma aí! Me falta o ar!
E a alma?
Flana sem freios,
Viaja por todos os meios,
Rodopia, sem receios,
Onde até o vento se choca,
Dança um rock, "torce os dedos",
E, ás vezes,
Sai da toca,
Inebria,
enche tudo de alegria,
Me enlouquece, se liberta,
Não se prende, nem se aperta,
Fica doida,
(que euforia!),
Contagia, pula, gira,
Num funil de emoção!
Tenho medo!
Pois no corpo,
já me falta a energia,
Não sou jovem, já sou "tia",
e a idade cronológica,
Puxa o breque,
E me freia,
me tomba, me pára, esperneia,
quer minha'lma aprisionar!
Mas espera!
Tenho um par!
Par de olhos,
Par de braços!
Par de mãos, beijos e abraços,
Sempre prontos e abertos,
Querendo, então, me afagar...
Doces e amigos,
Escancarados,
Prá do meu salto,
sem redes,
No macio, me amparar!...
(É "soft " e morno, no seu colo, me "quedar"*!)...
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*("quedar", em espanhol, pode significar, entre outras coisas, DEMORAR,FICAR,PERMANECER...)
(Escrevi isso, após uma semana, enferrujada, com torcicolo, e emocionada, com a preocupação dos meus amigos do "Face" e dos meus "anjos de plantão"...)
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